Livro - Problematizando o Ensino Híbrido

Livro - Problematizando o Ensino Híbrido.

Esse livro foi prefaciado pela maior autoridade no Brasil acerca de EWducação Profissional e porque não em Educação como um todo: Prof. Dr. Gaudêncio Frigotto, o que muiiot me honrou. A educação híbrida – ou ensino híbrido –, conhecida também como blended-learning, tornou-se um conceito-chave para compreendermos a educação na atualidade, ainda que o ensino híbrido sempre tenha estado presente na educação, uma vez que ele não se limita somente ao que se é planejado de forma intencional e institucional. Embora a aprendizagem se dê, também, por meio de processos organizados, ela igualmente se dá a partir de processos abertos e informais, alterando a relação entre o professor e os estudantes e entre o ensino virtual e o presencial. No entanto, confunde-se muito ensino híbrido com Educação a Distância ou mesmo Ensino Remoto. Essa confusão acaba por poluir o debate em relação ao modelo de Ensino Híbrido, acarretando confusões de entendimento, por exemplo, a afirmação de que para se ter essa modalidade, basta se utilizar de espaços virtuais. Tecemos várias críticas a forma pela qual o ensino híbrido está sendo imposto, sem que seja oferecida qualificação adequada para professores e sem considerar a profunda desigualdade social e digital que vivemos no Brasil, entretando, no primeiro momento, passo boa parte do livro só para exeplicar o que é o ensino híbrido e dirimir parte das dúvidas dos trabalhadores da educação como um todo e dos alunos, bem como, concluo que o ensino híbrido pode ser uma alternativa desde que pensada pelos e para os trabalhadores e seus filhos e sem desvalorizar o ensino tradicional como se desse não tivéssemos tirado grandes ensinamentos. Aponto os perigos do ensino híbrido para a desvalorização dos docentes e quem está por trás desse aceleramento em implantar o Ensino Híbrido sem um amplo debate com a sociedade. Na sinopse logo abaixo descreveremos mais um pouco do livro.

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Prof. Doutor Hugo Brandão

Escritor, Filósofo, Cientista das Religiões, Psicanalista e Docente Efetivo do Instituto Federal de Alagoas.

É professor e Coordenador do programa de Pós-Graduação do IFAL. Líder do Núcleo de Estudos da Religião na Educação e Sociedade, que conta com participação de pesquisadores, Mestres e Doutores, de todo Brasi. É autor de vários livros, entre os quais “DEUS ESTÁ MORTO?! A recepção da crítica de Nietzsche à Religião Cristã no cenário religioso pós-moderno” e “Problematizando o Ensino Híbrido”.

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Breve resumo sobre a temática do livro:

A Educação Híbrida consiste na modalidade de ensino que mescla o ensino virtual ao ensino presencial. Houve um aceleramento na implementação do Ensino Híbrido tendo como pano de fundo as necessidades atribuídas aos impactos da pandemia.

O maior desafio é sem sombra de dúvidas as desigualdades existentes no Brasil. Destaco a desigualdade tecnológica: maior parte dos estudantes não tem, hoje, condições adequadas para estarem inseridos no modelo de Ensino Híbrido. Tampouco há indícios, por parte do poder público, de que teremos uma política pública para tratar e solucionar com seriedade esse grande problema que hoje inviabiliza adotarmos o Ensino Híbrido da forma que é pretendida. Um outro grande desafio, não tão menos importante, são os impactos para os professores.

"O livro Problematizando o Ensino Híbrido" do professor Hugo Brandão, produzido tendo em conta o contexto acima sinalizado, é um agudo alerta sobre a estratégia da classe dominante brasileira, e da fração que tem a educação como mercadoria e negócio para, no pós pandemia, alcançar o duplo objetivo: o de aumentar os seus lucros ampliando a privatização e a super exploração do trabalho docente e efetivar o controle ideológico do que e como se ensina e a anulação da autonomia docente. A direção das contrarreformas na educação e as medidas legais autoritárias em curso não deixam dúvidas sobre este intento. De forma adequada o autor não nega a importância da tecnologia em todas as esferas da vida e, portanto, também nos processos educativos. Todavia a tecnologia como valor de uso e não como propriedade privada do capital que se volta contra os trabalhadores e a educação pública de qualidade. O ensino remoto, na sua forma plena ou na sua forma híbrida, insere-se na lógica da apropriação privada da tecnologia como negócio e na diluição da função social da escola e controle dos trabalhadores da educação."

Gaudêncio Frigotto

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